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Detox Hepático


AÇÃO HEPATOPTOTETORA DE S-ADENOSIL-L-
METIONINA (SAMe) NA DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA


Doença hepática alcoólica (ALD) é caracterizada por fígado gordo, esteato-hepatite, fibrose, cirrose e carcinoma hepatocelular, potencialmente. Vários mecanismos têm sido propostos para a patogênese de ALD, incluindo a toxicidade de acetaldeído, stress oxidativo, endotoxinas, citocinas, quimiocinas, um sistema imunitário comprometido, deficiências nutricionais e exposição crônica ao etanol. Aumentam as evidências de que o metabolismo de metionina e deficiência de folato podem também contribuir para o desenvolvimento de ALD 1.

PAPEL DE SAMe NA DOENÇA HEPÁTICA ACOÓLICA 1
SAMe, um metabólito da metionina, é uma importante molécula necessária para muitas funções vitais e sobrevivência de células do corpo. É o doador de metilo, necessário para a metilação de DNA, RNA, aminas biogênicas, fosfolípidos, histonas e outras proteínas. É o precursor para a síntese de poliaminas, que são necessárias para a proliferação celular e para a manutenção da viabilidade celular. No fígado, SAMe é um precursor para a glutationa, antioxidante endógeno que protege as células contra a lesão por eliminação de radicais livres, que estão envolvidos na patogênese de ALD. Assim, a deficiência de SAMe pode prejudicar muitas funções vitais do fígado, o que os tornam susceptíveis a lesões por agentes tóxicos, tais como o álcool.
Concentrações hepáticas reduzidos de SAMe tem sido relatadas em pacientes com hepatite alcoólica e vários mecanismos tem sido propostos para a depleção de SAMe na doença hepática alcoólica:
1) A inativação da metionina adenosiltransferase (MAT), que prejudica o metabolismo da metionina para SAMe, o que leva ao esgotamento de SAMe;
2) O consumo excessivo de SAMe pelo fígado para a síntese de glutationa, pois é necessário controlar o stress oxidativo induzido pelo álcool.
3) A inibição da síntese de metionina endógena, devido à metilação de homocisteína prejudicada.

ESTUDOS CLÍNICOS
Suplementação de SAMe em ratos mostrou eficácia em preservar a integridade mitocondrial causada por alcoolismo através da manutenção de transporte mitocondrial de glutationa. Hepatology.1995 Jan;21(1):207-14 Em ratos, tratamento com SAMe atenuou significativamente lesão hepática aguda induzida por álcool [esteatose, necrose e níveis séricos aumentados de alanina transaminase] atividade que foi associada com a restauração dos níveis de glutationa e atenuação da peroxidação lipídica. J Nutr Biochem 2003 ; 14 : 591-7 O potencial terapêutico da SAMe foi testado em um estudo randomizado de 24 meses, placebo-controlado, duplo-cego, multicêntrico, em 123 pacientes com cirrose alcoólica. Os resultados indicam que o tratamento a longo prazo com SAMe (1200mg/dia) pode melhorar a sobrevida ou atrasar a necessidade de transplante de fígado em pacientes com cirrose hepática alcoólica, especialmente naqueles com doença hepática menos avançada. J. Hepatol, 1999.

MECANISMO DE AÇÃO HEPATOPROTETOR DE SAMe 1,2
SAMe pode proporcionar proteção contra as lesões do fígado através de vários mecanismos:
• Atenuação do estresse oxidativo, restaurando concentrações de glutationa. Além de proteger os hepatócitos de estresse oxidativo, elevadas concentrações de glutationa também impede necrose tumoral-
• (TNF-α);
• Atenuação da inflamação, característica importante da doença hepática alcoólica. SAMe diminui a concentração de TNF-α, citocina pró-inflamatória e aumenta a concentração de interleucina-10 (IL-10), citocina anti-inflamatória;
• Prevenção da apoptose (morte celular) de hepatócitos;
• Indução de apoptose de células tumorais de fígado.

DOSAGEM RECOMENDADA 2,6
A dose diária recomendada de SAMe para o tratamento de doenças hepáticas é de 1600mg/dia em doses
divididas.

EFEITOS ADVERSOS 1,2,6
SAMe é bem tolerado. Eventualmente podem ocorrer: desconforto gastrointestinal de média intensidade (dor de estômago), nausea, diarreia e flatulências, ansiedade, movimento muscular hiperativo, insônia e hipomania. Não foram relatados casos de alergia.

FORMULÁRIO
Prevenção e Tratamento de Doença Hepática Alcoólica

Suplementação de SAMe
S-adenosil-l-metionina (SAMe) _________________ 800mg
Tomar 1 dose 2 vezes ao dia, após 2 horas da última refeição.

SAMe Associado a Ácido Fólico e Betaína
S-adenosil-l-metionina (SAMe) ________ 500mg
Ácido Fólico ________________________ 0,3mg
Betaína HCl _______________________ 300mg
Tomar 1 dose 3 vezes ao dia, após 2 horas da última refeição.

Ácido fólico → Pacientes alcoólatras tem baixos níveis de ácido fólico, vitamina solúvel em água que desempenha um papel fundamental no metabolismo da metionina e síntese de DNA. O ácido fólico ajuda a manter as concentrações normais de homocisteína, metionina, e SAMe. Sua deficiência pode prejudicar o metabolismo da metionina, o que leva a hiper-homocisteinemia, bem como a depleção de metionina e SAMe, que são características importantes da doença hepática alcoólica. Dose usual: 0,4 a 20mg/dia 7,8 .
Betaína (trimetilglicina) → Importante nutriente humano obtido a partir de uma variedade de alimentos e também disponível como suplemento dietético. Como um doador de metilo, betaína proporciona um grupo metilo para a homocisteína, para formar metionina. Isto ajuda a manter um fornecimento adequado de metionina no fígado para a síntese de SAMe e a regulação da concentração de homocisteína. Dose usual: 0,3 a 2g/dia 1,9 .

POR QUE PRESCREVER SAMe MANIPULADO:
1. Personalizar o tratamento, podendo prescrever doses exclusivas, considerando massa corporal do paciente, estado clínico e resposta.
2. Utilizar a forma farmacêutica de preferência do paciente, facilitando a deglutição e aumentando a adesão. SAMe pode ser manipulado em shake, goma, sorvete, sopa, suco, refresco.
3. Manipular sem a adição de excipientes aos quais o paciente pode ter alergia e/ou intolerância.
4. Prescrever na quantidade exata do tratamento, evitando sobras e desperdícios.
5. Evitar automedicação, pois o produto manipulado garante a individualização do tratamento, contendo no rótulo do produto informações que evitam o risco de troca ou consumo inadequado por terceiros.
6. Associar vários ativos na fórmula, que facilita o tratamento.
7. Garantir a efetividade e segurança do tratamento através da atenção farmacêutica, que garante o vínculo médico/paciente/farmacêutico, dando ao paciente a segurança e confiança necessária.

REFERÊNCIAS BIBLIGORÁFICAS
1.Purohit V et al. Role of S-adenosylmethionine, folate, and betaine in the treatment of alcoholic liver disease: summary of a symposium. Am J Clin Nutr July 2007 vol. 86 no. 1 14-24
2. Friedel HA et al. S-adenosyl-L-methionine. A review of its pharmacological properties and therapeutic potential in liver dysfunction and affective disorders in relation to its physiological role in cell metabolism. Drugs 1989 Sep;38(3):389-416.
3. Garcia-Ruiz C, Morales A, Colell A, et al. Feeding S-adenosyl-L-methionine attenuates both ethanol-induced depletion of mitochondrial glutathione and mitochondrial dysfunction in periportal and perivenous rat hepatocytes. Hepatology.1995 Jan;21(1):207-14
4. Song Z, Zhou Z, Chen T, et al. S -Adenosylmethionine (SAMe) protects against acute alcohol induced hepatotoxicity in mice. J Nutr Biochem 2003 ; 14 : 591 –7.
5. Mato JM et al. S-adenosylmethionine in alcoholic liver cirrhosis: a randomized, placebo-controlled, double-blind, multicenter clinical trial. J. Hepatol, 1999 Jun;30(6):1081-9.
6.Literatura SAMe do fornecedor – Gamma
7. Halsted CH. Nutrição e doença hepática alcoólica Semin Fígado Dis 2004; 24:. 289 -304.
8. Dr. Olszewer, E. Tratado de Medicina Ortomolecular e Bioquímica Médica, 3 a edição, 2002.
9.Literatura Betaína HCl Viafarma