80% dos brasileiros não têm ideia de qual a quantidade correta de protetor solar que deve ser aplicada.
Veja alguns mitos e verdades envolvendo a fotoproteção:
Apenas pessoas de pele clara precisam de fotoproteção → MITO
Todos devem usar protetor para ajudar a prevenir o câncer de pele. Apesar de as pessoas de fototipo mais alto estarem mais protegidas da radiação solar devido a maior presença de melanina no tecido, elas também podem desenvolver a doença.
Dias nublados e chuvosos não pedem fotoproteção → MITO
A intensidade da radiação não está totalmente relacionada com o clima. Entretanto, a medida relacionada com a fotoproteção é o índice ultravioleta. Em dias nublados, a radiação consegue atravessar as nuvens, então, mesmo assim, precisa-se de proteção.
É essencial reaplicar o protetor solar ao longo do dia → VERDADE
os fotoprotetores, mesmo à prova d’água, perdem a eficácia em até 50% quando não são reaplicados depois do contato com a água ou após a atividade física, devido ao suor. Para garantir uma boa proteção, o ideal é reaplicar o produto a cada duas horas para manter sua eficácia.
A proteção do filtro solar não depende da quantidade aplicada → MITO
Se uma pessoa aplica metade da quantidade recomendada de um filtro com Fator de Proteção Solar (FPS) 30, que deve ser, para o rosto, de uma colher de chá, ela recebe a proteção equivalente à de um FPS 8. E o pior é que, por achar que está protegida, ela acaba aumentando sua exposição ao sol, o que pode levar a uma lesão celular.
Barreiras físicas, como chapéu e guarda-sol, são suficientes para proteger da radiação solar → MITO
Barreiras físicas, como chapéus, óculos e bonés, ajudam bastante a proteger dos raios solares. Porém, apesar de refletirem grande parte da radiação ultravioleta, não são suficientes sozinhos. Esses acessórios precisam ser associados a um fotoprotetor adequado para o tipo de pele de cada pessoa.
Usar protetor solar limita a quantidade de vitamina D → VERDADE
Usar protetor solar pode diminuir a produção de vitamina D na pele. Mas abandonar o fotoprotetor não é uma opção. Quando o usuário está preocupado que não está recebendo vitamina D suficiente, deve discutir suas opções o médico. Muitas pessoas podem obter a vitamina D de alimentos e/ou suplementos vitamínicos.
Não faz mal aplicar o protetor na pele úmida ou molhada → MITO
A água pode diluir o produto e diminuir, consideravelmente, sua proteção. Portanto, antes de aplicar o protetor solar na pele, deve-se certificar que a região está bem seca.
Além da proteção contra os raios UVB, indicada pelo FPS, é preciso que o fotoprotetor também proteja contra os raios UVA → VERDADE
Para que um protetor solar seja eficiente e seguro, ele não deve prevenir apenas contra a radiação ultravioleta B (UVB), mas também deve proteger contra a radiação ultravioleta (UVA), cujo o fator de proteção é indicado pela sigla PPD e deve corresponder a pelo menos 1/3 do valor do FPS. Isso por que a radiação UVA está presente na natureza em níveis muito maiores e mais expressivos que a radiação UVB, pois consegue atravessar vidros e janelas e penetrar profundamente na pele, chegando até a derme, camada onde se localizam as fibras de colágeno e elastina, gerando assim uma quantidade altíssima de radicais livres. Estes radicais livres causam o aumento da degradação das fibras de colágeno e elastina, que dão sustentação à pele, sendo as principais responsáveis pelo fotoenvelhecimento, incluindo rugas, linhas de expressão, flacidez e manchas
FPS alto protege mais? → VERDADE
Quanto mais alto o FPS, maior a proteção. Mas, acima de 30, que é o mínimo, a proteção não sobe tanto. O protetor fica oleoso, pegajoso e nem todo tipo de pele aceita. No entanto, o FPS, mesmo alto, leva em consideração apenas a questão do eritema, a vermelhidão. Os raios UVB e InfraRed furam o bloqueio dos filtros químicos de alguns produtos de fotoproteção e causam dano celular que provoca flacidez. O melhor, nesse caso, é investir em produtos que contenham filtros físicos bloqueadores à base de dióxido de titânio, óxido de ferro e zinco. Eles são como uma parede de tijolos onde a luz bate e volta. Não tem absorvência, tem refletância.